Parlamentares aprovam o Orçamento do Estado, mas desaprovam emendas para valorização dos educadores.
Apesar da forte campanha deslanchada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Maranhão (Sinproesemma) para a implantar o Estatuto do Educador, a maioria dos deputados estaduais votou contra as emendas de complementação orçamentária que previam recursos para a valorização dos educadores, apresentadas pelos deputados Rubens Júnior e Marcelo Tavares, nesta terça-feira (22), na sessão de votação do Orçamento do Estado. A emenda do deputado Rubens Júnior (PC do B) previa recursos no valor de 160 milhões e a do deputado Marcelo Tavares (PSB), atual presidente da casa, previa recursos no valor de 40 milhões. No plenário, os deputados defenderam a importância de valorizar o educador e beneficiar a educação no Estado. Receberam o apoio de alguns como a deputada Helena Heluy (PT), mas no final ganhou a posição contrária da bancada governista.
Organizados e com faixas, os educadores – professores e funcionários – lotaram a galeria da Assembléia Legislativa, em apóio à luta do sindicato pela aprovação do Estatuto e valorização dos profissionais da educação.
Segundo o diretor de comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, a maioria que apóia o governo não acatou as emendas: “O deputado Rubens ainda pediu para que a votação fosse nominal, mas o plenário negou. Ainda assim alguns deputados que votaram contra a educação fizeram suas defesas abertamente, como os deputados Arnaldo Melo, Fufuca Dantas e Tatá Milhomem. É importante que os educadores saibam quem são os parlamentares que estão contra a valorização da categoria”.
Júlio explica ainda que o resultado da votação mostra claramente que não há vontade do governo em investir na valorização dos educadores, quando não aprova recursos para garantir a implantação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração previsto na proposta do Estatuto do Educador. Há quase dois anos, o sindicato vem cobrando do governo do Estado a retomada das negociações para a aprovação do Estatuto, mas não obtém resposta.
“Tentamos contribuir com o governo sugerindo as emendas ao orçamento do Estado, para a educação, e assim evitar que o governo use a falta de recursos como argumento para não implantar o Estatuto do Educador, mas a bancada governista não acatou as propostas. A saída para o sindicato agora é retomar a campanha de valorização do educador e manter o estado de greve para uma definição em 2011”, conclui Guterres.
Por (Sinproesemma).