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Crônicas de domingo: Cidade de Abandonolândia

08/05/2011

O Bem-Amado foi uma série de televisão brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 1980 e 1984, originada da telenovela homônima exibida em 1973. Escrita por Dias Gomes e dirigida por Régis Cardoso e Jardel Mello.
Enredo: A pequena cidade de Sucupira, na Bahia, é administrada pelo prefeito Odorico Paraguaçu, um político corrupto e ardiloso que se utiliza de artimanhas para conseguir tudo o que deseja. Quando não consegue, manobra a situação de forma que ele sempre se saia bem.

A partir de hoje, iremos estrear uma nova versão da famosa série da Rede Globo, adaptada a realidade local do país chamado Sarneylândia, nos mais recônditos interiores. A cidade se chama Abandonolândia, cidade interiorana que nunca teve muita sorte com seus gestores, estes sempre se inspiram no chefe maior da Sarneylândia, para se perpetuarem no poder, desde sua fundação Abandonolândia só viu uma única família no poder, o clã Díaz, que por meio de pais, mães, tios, tias, primos, primas, sobrinhos, sobrinhas, maridos e esposas, sempre se mantiveram no poder.

A série conta com vários personagens entre eles o prefeito Evadiuce Díaz, sua esposa Maria Desestudiosa Díaz, as irmãs do prefeito como Vaidecofre e Vaidelecitação, dentre muitos outros; fiéis assessores do prefeito, como o secretário Sebastião Carrega-Mala, Francisco da Ventosa, Antonio Meu-Cunhado, Jozé Nopolinho, Doutor Raimundo Al-Saúde-é-minha, dentre outros. Vereadores da bancada aliada ainda há, Tôinho da Potióca, Elefantizângela, Geão da Barcaça, Edessa Que-Enrico, Caio Virou-a-Casaca, Vegeto, Jávirei Gente, Chico Porco e Babão di Mais.

Rivalidade, primeiro capítulo

Era quase meio dia, o Sol estava quente, mas não incomodava aos presentes, principalmente naquela grandiosa data festiva, era dia das mães e desde meia noite que os paupérrimos abandonolândianos eram lembrados com belas mensagens, que ressoavam com a voz pacata da esposa do prefeito a  Maria Desestudiosa Díaz, esta muito empenhada em mostrar ao povo que estava de seu lado, claro que na tentativa de avivar seu nome para o próximo pleito, mas isso é mero detalhe.  A festa foi largamente financiado pelo secretária Vaidecofre, que tinha fama na cidade de ser mão de vaca apenas nos gastos públicos, pois, a farta quantidade de recursos era destinado mesmo à sua conta corrente pessoal. Mas, mesmo assim Vaidecofre, empolgava toda aquela multidão ao lembrar os ricos presentes que seriam sorteados na ocasição, dentre eles estava faqueiros com finos cabo de madeira, preciosos tecidos de chita, chiques latas de plásticos, belos casais de pratos, lindas garrafas de café dentre outras preciosidades.

Naquela manhã o prefeito Evadiuce Díaz, estava muito contente, afinal um evento daqueles iria dar o pontapé inicial e único de sua gestão na cidade, tudo tinha que sair perfeito, afinal de contas o povo lembraria grato de toda aquela manifestação generosa, e isso geraria um dividendo eleitoral jamais visto naquela pobre cidade de Abandonolândia. Já a primeira dama Maria Desestudiosa, acordou com uma sensação ruim, algo dizia a ela que não iria transcorrer bem aquele evento grandioso. Chegando no local da festa, a Praça das Ruínas, no centro da cidade, havia uma multidão como era de se esperar, como sempre o prefeito Evadiuce, sorria de um modo amarelo e tímido, mas, sorria para multidão, tímida e nervosa como era de seu caráter, a primeira dama se aproximava do local, mas era como se ela estivesse indo para forca, tamanho a sensação premonitórias de Maria Desestudiosa.

Ao subir no palanque se encontram todo o séquito dos fiéis seguidores do grande prefeito Evadiuce Díaz, lá estavam presentes as irmãs do prefeito como Vaidecofre, Vaidelecitação; fiés assessores do prefeito, como o secretário Sebastião Carrega-Mala, Francisco da Ventosa, Antonio Meu-Cunhado, Jozé Nopolinho e Doutor Raimundo Al-Saúde-é-minha. Vereadores da bancada aliada estava todos lá, como Tôinho da Potióca, Elefantizângela, Geão da Barcaça, Edessa Que-Enrico, Caio Virou-a-Casaca, Vegeto, Jávirei Gente, Chico Porco e Babão di Mais. De todas essas autoridades, a que mais gerava incomodo na assustada primeira dama, era sem dúvida a vereadora Elefantizângela, esta segundo as más línguas, corta por todos os lados, tanto era situação como oposição; e que segundo a fiel amiga da primeira dama e igualmente babona Maria du Ramo, a vereadora em questão estava tendo um fervente caso com o prefeito Evadiuce, aquilo era de mais para a pobre primeira dama. Talvez por isso a primeira dama estivesse com aquele mal pressentimento. Os longos discursos antes do sorteio dos preciosos presente, estava deixando todos com um mal está danado, principalmente com aquele sol escaldante, depois do longo discurso do prefeito Evadiuce Díaz, em que ele destacava suas proezas em suas intermináveis viagens em prol de mais e mais projetos que alavancariam o crescimento da cidade de Abandonolândia, o povo já estava realmente cansado daqueles velhos discursos, pois esses projetos prometidos nunca eram fielmente cumpridos e quando eram, boa parte do dinheiro iria parar misteriosamente na conta de sua secretária, a Vaidecofre, todos essas maracutaias eram conhecidas pelos pacatos moradores de  Abandonolândia, que viam com ceticismo tais promessas.

Finalmente Evadiuce termina seu longo discurso, e a vereadora Elefantizângela, sagaz como sempre, toma o microfone das mãos do prefeito, aquela cena inusitada enfureceu a primeira dama Maria Desestudiosa, que estava sendo duplamente humilhada pela nada discreta vereadora, além de conviver com a suspeita de traição, agora a vereadora queria literalmente tirar o lugar de direito dela, pois, pela tradição ela seria a segunda a discursar, pois foi ela que organizou todo o festejo. Duplamente ferida em seu orgulho, Maria Desestudiosa, não suportou ver tudo aquilo, o sangue lhe subiu a cabeça, e ela avançou no microfone em que a vereadora declarava suas proezas legislativas na cidade, e ameaçou quebrar o microfone na cabeça da parlamentar caso ela não se retirasse do local, todos tentaram segurar a primeira dama enfurecida, mas, ela se portou como uma leoa na defesa de seu patrimônio político e familiar.

Os cidadãos da cidade que até aquele momento só desconfiavam da desavença de ambas, tiveram a certeza depois da briga em pleno palanque, a partir daquele dia Elefantizângela, pensou duas vezes antes de tomar uma atitude em público, o povo teve assunto para comentar por muito tempo, e logo em seguida foram para casa com os preciosos presentes que receberam no sorteio como: faqueiros com fino cabo de madeira, preciosos tecidos de chita, chiques latas de plásticos, belos casais de pratos, lindas garrafas de café dentre outras preciosidades. Por fim, o prefeito Evadiuce teve certeza que um evento daquela magnitude ficaria na lembrança do povo agradecido de  Abandonolândia.

Enquanto isso na câmara municipal de vereadores de Abandonolândia, a seção começou de modo bem inusitado, era uma sexta-feira, em uma rara oportunidade que os legisladores se reuniam, era dia de prestação de contas, estava presentes o dignos vereadores: Tôinho da Potióca, Elefantizângela, Geão da Barcaça, Edessa Que-Enrico, Caio Virou-a-Casaca, Vegeto, Jávirei Gente, Chico Porco e Babão di Mais. Eles discutiam de modo discreto como fariam para esconder dos cidadãos abandonolândianos um modo de mascarar tudo que viam de irregular na gestão de Evadiuce, mas os interesses…

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