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Sobre a Cidade


Gonçalves Dias é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localiza-se na Microrregião de Presidente Dutra, Mesorregião do Centro Maranhense. O município tem  17.485 habitantes deste total, 7.778 pessoas vivem na área urbana e 9.707 na zona rural ; Sendo assim distribuído entre um total de 8.676  homens e 8.809  mulheres entre as pessoas que residem na cidade, (Censo 2010 do IBGE) e 879 km². Foi criado em 1958 pela lei estadual nº 1715, de 31-12-1958, desmembrado da cidade de Caxias.

O município de Gonçalves Dias está localizado na região dos cocais, a 340 km de São Luis. O município de Gonçalves Dias possui 112 povoados, 2 bairros e 1 vila. É banhado pelo rio Codozinho (periódico) e possui cerca de 20 açudes municipais. As cidades mais próximas são Dom Pedro, Governador Acher, Governador Eugenio Barros e Presidente Dutra. O único meio de transporte para se chegar até o município é rodoviário e o acesso é feito pela BR 135 e MA 256, que se se encontra asfaltada em condições regulares.

O território do município é rico em palmeiras de coco babaçu. Além de embelezar o horizonte do município, o babaçu é fonte de sobrevivência de grande parte da população rural.

Em 1921 Luís de Sena Leal, conhecido como Luís Cantuária, teria travado junto com o cearense Manuel Bernadino uma sangrenta batalha no povoado de Mata Velha, município de Dom Pedro, contra as forças policiais do Estado. Luís Cantuária escapou do massacre e, em outubro de 1922, refugiou-se na localidade de Cupim, então município de Caxias. Estava acompanhado de Raimundo Pedrosa, Raimundo Almira, Pedro Pedrosa e Antonio Pedrosa, com suas respectivas famílias. Ali, fixaram residência em um local conhecido por Alto do Patinzal, nome derivado de sua principal vegetação.

Mais tarde o lugar passou a ser denominado Centro dos Pedrosas. Seus primeiros comerciantes foram Bento Chaves, Mariano Costa e Álvaro Cantanhede, (oriundos do município de Caxias), o Tenente Coronel Joaquim Leite Guimarães, vindo do município de Passagem Franca, Antônio Coimbra Sobrinho, do estado do Piauí, e Prudêncio Alves Feitosa, do município de Tauá, estado do Ceará. Além deles, um imigrante sírio, João de Assis, também estabeleceu-se no povoado.

Em 1946 foi criado o cartório distrital, que teve como escrivão Pedro de Sousa Santiago, depois substituído por João Pereira de Incarnação. O juiz de paz era Bernadino Kirieleison da Costa, conhecido por Becá.

A primeira escola pública foi criada em 1954, dirigida pela professora Maria da Providencia Leite Guimarães.

Na campanha de 1950 o candidato a governador, Eugênio Barros, visitou o povoado e recebeu dos moradores a reivindicação para transformá-lo em cidade. Isto ocorreu somente em 1958, quando foi aprovado o projeto de lei nº 1.715 de 31 de dezembro, apresentado pelo então deputado estadual Paulo Rocha Matos. O novo município recebeu o nome de Gonçalves Dias, pelo fato de pertencer anteriormente à cidade de Caxias, cidade natal do poeta Antônio Gonçalves Dias.

No dia 19 de fevereiro de 1959 foi instalado solenemente o município de Gonçalves Dias. Seu primeiro prefeito interino foi Prudêncio Alves Feitosa, que assim o governou de agosto a meados de 1960. Já no dia 3 de outubro de 1960 foi eleito o primeiro prefeito efetivo, Raimundo Nonato Braid. Também em 1960 foi instalado o primeiro posto de saúde, tendo como médico Hermes César Tavares Monteiro, cearense da cidade de Crato.

Outra História

Para se compreender a história da cidade, devemos primeiro analisar como se deu a ocupação desta terra, ocupação que está intimamente ligada aos movimentos migratórios ocorridos no século XX no Brasil e especialmente no nordeste do país. Desde o início do século seguramente já havia pessoas habitando a circunscrição que viria a constituir a cidade de Gonçalves Dias. Segundo vários relatos, os primeiros habitantes eram povos indígenas que viviam ao longo do percurso do Rio Codozinho. Estes povos não resistiram à chegada de imigrantes de outras regiões do Nordeste, fugiam dos constantes flagelos das secas e convulsões sociais.

Os movimentos migratórios de nordestinos e outros povos para essa região é bem anterior à primeira década do século passado, mas uma das primeiras regiões que foi ocupada por sucessivas levas de migrantes foi seguramente aquela onde hoje constitui-se o Povoado Cupins (então denominado de Alto do Patizal). Segundo relatos de populares, pelo menos em 1912 já habitava a região o patriarca da família Corrêa, da Família Rodrigues e Família Lucena.

Ao mesmo tempo, em outras regiões do atual município também já se iniciava o processo de ocupação, onde hoje constitui-se o Povoado Rui Barbosa (Baixão Grande), seguramente ao mesmo tempo em que o Alto do Patizal era ocupado. Concomitantemente, a região onde hoje se encontra o Povoado Olho D’Água Seco, também já era ocupada e com toda certeza bem antes do Século XX, haja vista que populares encontraram moedas sob antiga casas datadas do Período Joanino do inicio do Século XIX. Ao mesmo tempo, o Povoado Lagoa da Cruz também era ocupado pela Família Gonçalves.

Todas essas regiões já eram ocupadas, bem antes de vir a surgir o Povoado Três Lagoas (um dos primeiros nomes de onde hoje se constitui a sede do Município de Gonçalves Dias). Este veio a ser ocupado seguramente no inicio do século passado, contudo os seus primeiros moradores não foram exclusivamente os da Família Pedrosa, haja vista que essa família era, segundo alguns relatos, formada por comerciantes. Se estes foram os primeiros a residir na região, a quem iriam vender suas mercadorias?

Seguramente, como essa família era oriunda de Caxias, poderiam ter se instalado no Povoado Cupins. Porém, porém não foi o que ocorreu, porque os mesmos fugiam de massacres e perseguições. Os donos da região dos Cupins tinham receio de acolher forasteiros, ainda mais porque fugiam de perseguições. Assim, foi-lhes indicada a região da sede do Município como local mais apropriado, porque na região, que nessa época já era conhecida como Centro das Três Lagoas, havia água em abundância, ao menos no período das chuvas.

A partir deste núcleo de povoação que já era denominado de Cento das Três Lagoas, é que posteriormente, com a chegada dos Pedrosas, influentes financeiramente, é que vão conferir o nome da família à povoação. O impulso na povoação do Centro dos Pedrosas vai se dar a partir das grandes secas que provocaram a migração em massa no nordeste, especialmente em 1877/1879, uma das mais graves. O Ceará tinha, na época, uma população de 800 mil habitantes e foi intensamente atingido. 15% de sua população (120 mil pessoas)migraram para a Amazônia e 68 mil pessoas foram para outros Estados. Em 1888/1889, as lavouras foram destruídas e vilas foram abandonadas em Pernambuco e Paraíba. Em 1898/1900, nova seca atinge Pernambuco. Em 1909 e em 1915 houve uma das piores até então vistas no país; e assim sucessivamente em 1919, 1930, 1932,1953, 1954, 1958, 1962 e 1966.

Todas essas intempéries da natureza vão influenciar na povoação das terras devolutas do Maranhão. Como consequência, o processo de povoação dessas regiões, especialmente o Centro dos Pedrosas, foi feito por muitos dos migrantes fugiam as severas condições climáticas do nordeste em busca de melhores condições de vida. Contudo, muitos vieram atrás de seus parentes, formando assim um círculo onde cada migrante atraía mais migrantes.

A partir de 1940 a região já tinha muitos habitantes. Em 1946, surgiu o cartório distrital. Já em 1952 os habitantes já sonhavam com a emancipação política, solicitando ao então candidato a Governador de Estado, Eugenio Barros, que os apoiasse nesse intento emancipatório, algo plausível para uma crescente população cosmopolita.

Contudo, o desejo de se constituir como cidade só veio a se concretizar em 31 de dezembro de 1958. Emancipado do município de Caxias, agora surgia a necessidade de constituir e organizar as instituições e as autoridades do município. Depois de muita relutância, o cargo de prefeito interino foi entregue a Prudencio Alves Feitosa que, por exercer um mandato de transição, não deixou marcas de sua administração.

Findo o mandato interino, é eleito pelo povo o primeiro prefeito da cidade de Gonçalves Dias, Raimundo Nonato de Sousa Braid. Segundo a memória coletiva dos habitantes da região, ele ficou conhecido por suas truculências, pelo ostensivo desrespeito aos moradores da cidade e pelos muitos assassinatos que cometeu. Segundo relatos, seu comportamento se explicava pelo fato de ele ser veterano da Força Expedicionária Brasileira, havendo lutado na Segunda Guerra mundial.

Mas nem só de truculência ficou marcado o mandato de Nonato Braid. Era grande a necessidade de água na região e a escassez nos períodos de seca eram enormes. Em seu mandato, foi realizada a construção de um açude (onde hoje está o balneário da cidade) para o abastecimento dos habitantes.

9 Comentários leave one →
  1. Vicenia Tecia permalink
    29/12/2010 11:48

    Sou gonçalvina com muito orgulho, e acho muito importante esse projeto pra enriquecer a cidade.

  2. gabriel permalink
    16/06/2011 16:17

    algumas coisas irregulares andam acontecendo sim pois tenho visto e acompanhado de perto muito de suas barbaridades principalmente sobre a saúde gonçalvino onde e demonstrado o descaso dos adm municipais,barbaridades que nos deixa revoltado,um dos pontos e a marcação de ultrassonografias dizem que servirá para uma data determinada e nada mais nada mesmo,outro ponto ambulancias que deveriam passar a noite no hgm municipal passa na garagem do motorista e a alimentação hospitalar um sonho que muitos cidadões gonçalvinos espera a muito tempo sera que vai ser realizado este sonho um dia

  3. aires permalink
    09/07/2011 12:03

    esse atual prefeito e todos sua turma e uma vergonha pra populaçao!

    • 09/07/2011 12:39

      Ele se acha santo, um grande benfeitor, mas no fundo no fundo sabe porque é tanto criticado. Somos gratos por sua participação.

  4. danny permalink
    11/07/2011 20:48

    muiiiito importente esse projeto pra nósss so asssim agente sabe o está passando sem minha amada cidade……parabénssss…..essse homemm q se chama de prefeitoo so sabe é enbolçar o dinheiro q vem para nossa cidade…

  5. 15/10/2011 12:26

    Eh uma vergonha para nossa cidade ter um pessoa como vadilson dias na administraçao de nossa cidade ele mora mais em sao luis que em g.d portanto de que adianta ter uma historia bonita no papel,se na realidade tudo nao passa de uma farça.

  6. K.K. permalink
    01/10/2012 13:57

    A cada dia que passa eu vejo a minha amada cidade acabando aos poucos e isto é muito ruim… É uma verdadeira falta de vergonha ver esta cidade tão bela se acabando nas mãos de politicos que não sabem administrar aqui falta tudo, falta saúde, falta educação de qualidade (com professores qualificados), falta infra-estrututa, resumindo falta um PREFEITO QUE SAIBA ADMINISTRAR a cidade e não que fique apenas pousando (literalmente) de bom de caridoso que se preoculpa com a classe menos favorecida, pq isso não é verdade ele so aparece na cidades as sextas-feiras que é qndo tem reunião na Camaras de Vereadores, G. Dias precisa de um prefeito de a faça crescer e não um prefeito que só serve pra usar o dinheiro da prefeitura para beneficio proprio como por exemplo: Dar carro de aniversario pra esposa e por ai vai, arrumar a cidade ele não quer e desde que assumiu o poder a unica coisa que sabe é inagurar as obras dos ex-prefeitos ou como dizem na cidade inaugurar as pinturas ele devia promover a cidade e não derruba-la. Precisamos de alguem que zele pela cidade que faça com que a cidade se desenvolva e que tire essa impressão de que G Dias é uma cidade ruim e mau falada em outras cidades e em alguns estados… Flw e fica a dica””””

  7. 09/12/2014 22:58

    eu sou gonçavino com muito orgulho e hoje nao estou ai mais com muita saudade do meu lugar

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